Entrevista Emilia Mobini Kesheh a mais nova autora de fantasia nacional

Emilia Mobini Kesheh é a mais nova e bela autora nacional de fantasia. Seus contos fazem sucesso na rede e os primeiros exemplares de seu livro de estréia A Última Aliança estão esgotados, mas ela promete uma nova tiragem do volume, agora ampliado.Além de escritora Emilia é veterinária, quem melhor do que ela para falar de lobisomens?!

LAR: O que é um lobisomem para você?

Emilia: Criaturas místicas, e como tal, origens e histórias são sempre uma interrogação que dá espaço para a mente do escritor. Mas eu os vejo como seres lupinos, semi humanóides, ferozes e que deixam o instinto sobrepor a razão.

LAR: Como autora de fantasia, acha que as editoras estão mais abertas a essa literatura?

Emília: As coisas estão mudando um pouco, mas o espaço no Brasil para a fantasia em geral ainda é pequeno, começando a crescer certamente. Eu acredito que assim que nossos leitores se derem conta da qualidade de material que têm a disposição teremos mais abertura das editoras maiores.

LAR: O que acha de Antologias promovendo novos escritores?

Emília: Uma boa oportunidade para autores novos se promoverem, pois as Antologias carregam nomes já consagrados da literatura fantástica nacional.

LAR: O mito do vampiro sempre hipnotizou o público, diferente dos lobos. Por que esse mito e tão marcante?

Emília: Acredito que pelo fato do vampiro ainda ter a forma completa do humano, com tudo que qualquer humano sonha em ter: beleza radiante, imortalidade, charme centenário, etc. O lobisomem é mais carnal, mais animal e parece mais perecível.

LAR: Você possui excelentes contos originais de lobisomem. Como teve a idéia deles?

Emília: Ah, como qualquer coisa que eu escrevo, não tem um fundo específico. Normalmente é uma mistura dos livros que estou lendo, do que está na mídia e das minhas próprias concepções sobre o que escrever. Meus contos de lobisomem trazem mais a originalidade da criação dele do que da lenda em si.

LAR: O lobisomem ainda está meio esquecido na literatura. Falta mídia ou novas ideias para resgatar esse tema?

Emília: Não sei na verdade, o fato é que a literatura sobre eles sempre viveu a sombra de outros: bruxos, vampiros, ou o que for. Acho que eles precisam de uma atenção exclusiva para se promoverem melhor.

LAR: como faz para conciliar veterinária com sua criação literaria?

Emília: Na verdade a veterinária me ajuda bastante a descrever cenas de contexto mais biológico, o funcionamento do corpo, essas coisas. Mas costumo reservar um espaço da minha vida só para escrever, afinal é o que eu realmente mais amo fazer!

LAR: Seu livro A Última Aliança ganhará uma nova versão. Fale um pouco como será ela?

Emília: A nova edição foi conseguida graças ao Edital de Apoio à Cultura da Prefeitura de Joinville (SIMDEC) que patrocinará a confecção e promoção do livro. Eu estou num trabalho de ampliação da versão anterior, vou manter a história como ela é, mas estou ampliando algumas cenas, principalmente as de guerra para dar mais vivacidade ao livro. Ela também contará com ilustrações e será muito importante para mim dentro da cidade, que é um espaço que quero conquistar.

LAR: Quer dizer algo antes de terminarmos a entrevista?

Emília: Agradecer a oportunidade e pedir luz para conseguir escrever um conto à altura para essa antologia tão aguardada. Abraço a todos!